Existe um nível de injustiça que só quem já foi acusado de comer o que comeu entende. A pessoa não nega o crime, mas exige o direito ao drama. Porque não é só sobre os 7 pães — é sobre a falta de confiança, o julgamento precipitado, e principalmente, o fato de ninguém reconhecer o talento de devorar carboidratos em tempo recorde.
A real é que todo mundo tem um parente que “desaparece” com a comida e, mesmo que todo mundo saiba quem foi, sempre rola o teatro. A diferença é que, nesse caso, o artista assumiu a autoria, mas não abriu mão da posição de vítima. O choro é livre, mas o pão foi pago por alguém.