De abraços a cacetadas: O verdadeiro espírito do dia 2

Parece até estudo científico de como o “espírito natalino” evapora mais rápido que champanhe barato aberto no calor. No dia 1, tudo é paz, amor e abraço coletivo com gente que você nem gosta tanto, mas finge que adora porque é Ano Novo e todo mundo prometeu “ser uma pessoa melhor”. A vibe é tão harmoniosa que até aqueles parentes que passam o ano inteiro se alfinetando viram praticamente integrantes de comercial de margarina. Todo mundo iluminado, sorrindo e jurando que o ano será diferente. É lindo, quase emocionante… quase.
Aí chega o dia 2 e a realidade bate com a delicadeza de uma porta de geladeira batendo na canela. Basta uma faísca — uma cerca torta, um olhar torto, um copo que não foi lavado — e pronto: as pessoas que estavam distribuindo abraços viram gladiadores emocionais preparados para resolver tudo no grito e, se precisar, com um pedaço de pau improvisado. É o efeito colateral universal do pós-festa: acabou o feriado, acabou a paciência. No fim das contas, Ano Novo é isso mesmo… 24 horas de paz e 364 de “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.




