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Só quem já pisou no inferno natalino entende

Só quem já pisou no inferno natalino entende

Existe um sofrimento que une gerações e cria um tipo de irmandade silenciosa, quase espiritual: a experiência de pisar descalço numa lâmpada de pisca-pisca de Natal. A imagem resgata esse clássico instrumento de tortura doméstica que transforma qualquer pessoa num monge iluminado, cheio de reflexões existenciais e palavrões internos. É o tipo de dor que não precisa ser medida em escala, porque já nasce sendo “nível apocalipse”. Quem sobreviveu a isso já vem automaticamente habilitado para enfrentar fila de banco, consulta do SUS e ligação de telemarketing sem perder a compostura. A verdadeira escola da vida é feita de pequenos plásticos pontudos largados no chão da sala.

E o mais curioso é como essa simples lembrança coloca em perspectiva o que é ter “moral” na vida adulta. Não é diploma, não é salário, não é carro. É ter atravessado a infância desviando de brinquedos letais, pisca-piscas assassinos e peças de montar genéricas que cortavam a alma. A imagem, com seu humor seco e certeiro, reforça que só entende o valor da resiliência quem já gritou sem emitir som após um desses espetar o pé. No fundo, é quase um teste de caráter, uma triagem natural dos fortes.

Marketing infantil: A arte ancestral de chorar até ganhar bala

Marketing infantil: A arte ancestral de chorar até ganhar bala

A placa exposta no mercado já entrega tudo: o verdadeiro marketing brasileiro não precisa de slogan elaborado, precisa apenas de uma verdade universal. Porque todo mundo sabe que, na hierarquia de persuasão infantil, o choro sempre teve mais poder que cartão de crédito. A cena remete ao drama clássico da vida real, aquele momento em que a criança avista o pacote de bala brilhando na prateleira e, de repente, descobre habilidades de atuação dignas de novela das nove. E o pai, coitado, já visualiza o vexame público, a queda de reputação e o possível show ao vivo no corredor dos produtos de limpeza. No fundo, o cartaz só economiza tempo: já diz logo como funciona o sistema emocional-econômico da família.

É quase um serviço de utilidade pública. Afinal, não existe chantagem emocional mais eficiente que a de um pequeno ser humano com três anos e um pulmão de soprano. O estabelecimento apenas aceitou essa realidade e transformou em oportunidade comercial, exibindo com orgulho a ciência milenar do “chora que resolve”. O Brasil pode não ter estabilidade econômica, mas tem tradição em transformar caos em estratégia de vendas. E, convenhamos, o cartaz só não funciona para adulto porque esse já chora naturalmente — mas nem assim alguém paga a conta dele.

Frango no varal: Quando a criatividade derrete antes do gelo

Frango no varal: Quando a criatividade derrete antes do gelo

Nada supera o compromisso criativo do irmão brasileiro quando recebe uma missão simples e transforma em uma obra de arte questionável. A ordem era clara e direta, mas a interpretação foi digna de alguém que acredita firmemente em soluções inovadoras. Afinal, por que usar a pia, a bancada ou até o micro-ondas quando se pode promover o frango a uma experiência completa de verão, tomando sol na corda do varal entre um tapete e uma parede descascada? É quase um spa gastronômico, onde o frango recebe vento, luz e clima de férias antes de ir para a panela. A cena prova que, quando o brasileiro tenta ajudar, ele entrega esforço, só não necessariamente entrega lógica.

E o mais curioso é como isso representa perfeitamente a alquimia familiar: a mãe pede algo simples, o filho entrega algo épico, a família inteira ganha uma história que será repetida por anos. Porque todo lar tem seu funcionário do mês do improviso, aquele que toma decisões que desafiam a ciência, a culinária e, às vezes, até a sanidade. E no fim, ninguém sabe se esse frango vai descongelar, assar ou tomar vitamina D, mas uma coisa é certa: o entretenimento foi garantido.

7 lições de liderança com Negan

Quando se fala em liderança, dificilmente alguém imagina usar como referência um vilão carismático, sarcástico e profundamente imprevisível como Negan, de The Walking Dead. Mas a verdade é que, entre tacadas de Lucille e discursos marcantes, o personagem entrega lições poderosas sobre influência, estratégia e tomada de decisão – lições que, adaptadas para o mundo real (e sem violência, por favor!), podem transformar a forma como você conduz equipes e enfrenta desafios. Aqui estão 7 lições de liderança com Negan que podem surpreender até quem nunca pensou em aprender com o antagonista mais icônico do apocalipse zumbi.

7 lições de liderança com Negan

7 lições de liderança com Negan


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De abraços a cacetadas: O verdadeiro espírito do dia 2

De abraços a cacetadas: O verdadeiro espírito do dia 2

Parece até estudo científico de como o “espírito natalino” evapora mais rápido que champanhe barato aberto no calor. No dia 1, tudo é paz, amor e abraço coletivo com gente que você nem gosta tanto, mas finge que adora porque é Ano Novo e todo mundo prometeu “ser uma pessoa melhor”. A vibe é tão harmoniosa que até aqueles parentes que passam o ano inteiro se alfinetando viram praticamente integrantes de comercial de margarina. Todo mundo iluminado, sorrindo e jurando que o ano será diferente. É lindo, quase emocionante… quase.

Aí chega o dia 2 e a realidade bate com a delicadeza de uma porta de geladeira batendo na canela. Basta uma faísca — uma cerca torta, um olhar torto, um copo que não foi lavado — e pronto: as pessoas que estavam distribuindo abraços viram gladiadores emocionais preparados para resolver tudo no grito e, se precisar, com um pedaço de pau improvisado. É o efeito colateral universal do pós-festa: acabou o feriado, acabou a paciência. No fim das contas, Ano Novo é isso mesmo… 24 horas de paz e 364 de “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.

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