Justiça canina reversa: Quando o vizinho late de volta

Tem vizinho que pensa que vive num episódio permanente de “Planeta dos Cães”, e a cachorra da história claramente assumiu o papel de narradora oficial do bairro. O nível de latido descrito ultrapassa o limite do barulho e entra no campo da função social: a cadela não late, ela presta serviços públicos – desperta quem ousa ter um minuto de paz. E o mais impressionante é a regularidade: depois das 7h e antes das 23h, ninguém dorme. É quase um relógio biológico, só que barulhento e cheio de personalidade. O tipo de vizinhança que qualquer pessoa reconhece, porque sempre tem um animal que decidiu virar despertador comunitário, sem consulta prévia.
A melhor parte, porém, é a justiça poética. Depois de tantos dias perdendo o sono, alguém resolveu devolver o favor e replicar o famoso “bom dia” involuntário. O Bruno latindo para a cachorra enquanto ela dormia é praticamente um manifesto social, um grito de igualdade auditiva. E é claro que ela não gostou — porque barulho só é aceitável quando é o nosso, né? No fim, esse tweet prova que convivência é difícil, sono é sagrado e, se todo mundo resolvesse pagar barulho com barulho, o mundo acabaria ruindo em três dias. Mas que dá vontade, ah, isso dá.




