Prints

Porteiros: Entre o anjo da guarda e o chefe da alfândega

Porteiros: Entre o anjo da guarda e o chefe da alfândega

Esse é o clássico dilema brasileiro entre o porteiro ninja e o porteiro burocrático. Um tem visão noturna, reflexos de felino e já abre o portão quando você ainda está pedindo o Uber. O outro parece que trabalha para a CIA: exige senha, reconhecimento de voz e, de preferência, prova de residência em três vias autenticadas no cartório.

De um lado, o anjo da guarda que já sabe até quando você esqueceu o guarda-chuva. Do outro, o fiscal do portão que te deixa na chuva só pra ter certeza absoluta de que você não é um clone mal-intencionado tentando invadir o condomínio.

A verdade é que o primeiro merece pizza, sobremesa e até uma caixinha no fim do ano. Já o segundo… bom, esse deveria pelo menos ganhar um curso de confiança, porque o grito “é a Larissa!!!” em plena madrugada só serve pra acordar os vizinhos e gerar constrangimento coletivo.

O verdadeiro guia do amor: Extrato bancário em dia

O verdadeiro guia do amor: Extrato bancário em dia

A lista é sincera, quase científica: dinheiro aparece duas vezes só pra garantir que não haja confusão. Afinal, beleza pode até chamar atenção, mas é o saldo bancário que segura o relacionamento quando a conta de luz chega. O emprego também entra na lista, porque ninguém resiste a alguém que responde “sou concursado” com a mesma segurança de quem tem superpoderes. A casa então, é praticamente o templo da sedução — nada mais atrativo do que não precisar morar com a sogra.

Aparência ficou em quinto lugar, o que mostra que um rosto bonito até ajuda, mas não paga o Netflix. Já a altura, em sexto, prova que não adianta medir 1,90m se a conta mede zero reais. No fim, o amor pode até ser cego, mas ele enxerga direitinho o extrato bancário.

Conclusão: o cupido moderno não usa arco e flecha, ele usa calculadora e aplicativo do banco.

A verdadeira propaganda da cerveja tá no churrasco

A verdadeira propaganda da cerveja tá no churrasco

É curioso como os comerciais de bebida mostram sempre um cenário de glamour, praia paradisíaca, gente bronzeada, sorrisos perfeitos e brinde sincronizado. Na vida real, o cliente fiel da marca está tropeçando no meio-fio, equilibrando um espetinho na mão e jurando amor eterno para o mototáxi. Parece até que existe um pacto: a publicidade mostra a fantasia, e o consumidor entrega o show ao vivo, sem precisar de roteiro.

Se fosse realista, as propagandas de cerveja mostrariam alguém cantando Legião Urbana às três da manhã, um amigo dormindo abraçado no cooler e outro fazendo amizade eterna com o segurança da festa. Isso sim seria marketing honesto. Mas não, eles insistem em fingir que cada gole é sinônimo de charme internacional, quando todo mundo sabe que a verdadeira propaganda acontece no churrasco do vizinho.

No fim, a propaganda é “desce redondo”. Mas o que desce mesmo é o cliente, direto pro chão.

Expectativa de prêmio, realidade de trote

Expectativa de prêmio, realidade de trote

A vida adulta é basicamente esperar ganhar alguma coisa em promoção de supermercado e nunca ser selecionado. O brasileiro já mandou “colgate” por SMS mais vezes do que fez check-up no médico, mas a sorte nunca chega. Parece que esses prêmios de marcas famosas são tipo vaga de emprego sem experiência: todo mundo ouviu falar de alguém que conseguiu, mas ninguém conhece esse ser humano pessoalmente.

O auge da decepção é quando a esperança se mistura com golpe. A pessoa acha que vai ganhar um caminhão de sabão em pó, mas no fim só recebe um “abaixa as calças que eu te como” no telefone. É o tipo de promoção que o universo entrega: expectativa de Omo, realidade de trote de quinta série.

Enquanto isso, a Elma Chips continua prometendo sorteio de Playstation em cada pacote de Cheetos, e a gente só encontra aquele pozinho laranja que pinta o dedo por três dias. No fundo, a maior promoção já vencida foi sobreviver a tudo isso com humor.

Quando a idade vira piada em família

Quando a idade vira piada em família

A internet nunca decepciona: começa com uma pergunta séria sobre diferença de idade, e em cinco comentários já virou uma reunião de stand-up. O assunto é polêmico, mas o brasileiro transforma tudo em piada mais rápido que atualização do Pix. Porque, convenhamos, ninguém perde a chance de soltar um “meu filho???” no meio da treta.

O melhor é que a galera não só responde, mas cria um enredo inteiro. É praticamente uma novela da Globo em versão thread. Tem mãe, filho, avó, padrinho e até a plateia gargalhando nos comentários. E a cada resposta, a idade dos envolvidos vai ficando cada vez mais confusa. No fim, ninguém sabe mais se a discussão era sobre relacionamento, genealogia ou teste de árvore genealógica no cartório.

Esse é o poder do Twitter: um espaço onde uma simples pergunta vira uma comédia coletiva, e o público colabora como se estivesse escrevendo roteiro de sitcom em tempo real. A timeline é o verdadeiro multiverso da zoeira.

Rolar para cima