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Do match ao exposed: quando o Tinder vira sala de aula online

Do match ao exposed: quando o Tinder vira sala de aula online

Nada mais brasileiro do que baixar o Tinder com a esperança de encontrar o amor e sair com uma crise existencial sobre gramática, gênero e orientação sexual. O sujeito desinstala o app mais rápido do que a bateria do celular em 1%, mas não antes de virar tema de aula de português e sociologia no feed. Porque internet é isso: você acha que tá falando de azar no romance, e descobre que, na verdade, tá levando um intensivo de diversidade em 4K.

A parte boa? Sempre tem aquele comentarista que lembra o básico: se deu match, é porque você também curtiu. E aí não tem muito como fugir da realidade, né? A matemática do amor é simples: curtida + curtida = constrangimento registrado pra sempre na aba de prints da galera. No fim das contas, talvez o amor não esteja só na fila do pão… mas também nas respostas que a internet esfrega na sua cara, com direito a emoji e correção ortográfica gratuita.

Vaga de emprego ou reality de sofrimento?

Vaga de emprego ou reality de sofrimento?

Vaga de emprego no Brasil parece teste de resistência do No Limite. O salário mal paga a internet que a pessoa usou pra se inscrever, a escala de trabalho é praticamente uma prova de sobrevivência, e o benefício é aquele famoso vale transporte, como se fosse prêmio de consolação: “parabéns, você ganhou o direito de ir e voltar pro lugar que te suga a alma”. A empresa ainda solta o clássico discurso de que ninguém quer mais trabalhar, mas esquece de mencionar que, com essas condições, o trabalhador não quer nem mais acordar.

O problema não é a galera ser preguiçosa, é o anúncio de vaga já vir com sintomas de tortura. Escala 14×1? Isso não é regime de trabalho, é sequestro. E ainda te dão o privilégio de um domingo livre por mês, como se fosse feriado nacional. No fim, o verdadeiro mistério não é por que ninguém aceita essas vagas, mas sim como ainda existe quem defenda que “é melhor do que nada”.

Traição com paraquedas: até a morte, mas só pra um

Traição com paraquedas: até a morte, mas só pra um

Traição em nível hard é quando o casal combina pular junto, mas um leva paraquedas escondido. Isso não é relacionamento, é reality show de sobrevivência. Só que tem um detalhe: paraquedas não é discreto. Não dá pra enfiar na mochila como se fosse caderno de escola. O homem que ficou no prédio não foi traidor, foi esperto. Olhou e pensou: “ué, se eu pular, viro purê. Se ela pulou com airbag nas costas, quem tá sendo enganado aqui sou eu”.

Moral da história: antes de acusar alguém de trair, lembre-se que o verdadeiro traído foi quem acreditou no “até que a morte nos separe” e não viu que a outra parte já tinha assinado contrato com a fabricante de paraquedas. É como confiar no amigo pra dividir a conta e descobrir que ele já saiu correndo com a carteira fechada.

Conclusão: ninguém pulou de prédio, mas todo mundo caiu… no golpe.

Amor não correspondido, versão tutorial de fracasso

Amor não correspondido, versão tutorial de fracasso

Existe coisa mais triste do que declaração de amor que já vem acompanhada do manual de rejeição? É tipo comprar uma TV nova e ela já vir com o aviso: “não funciona”. A pessoa abre o coração, se declara, joga toda a sinceridade do mundo na tela, e o outro responde como se fosse o atendente da farmácia dizendo “olha, eu não recomendo esse remédio pra ninguém”. É o famoso combo do amor unilateral: paixão de um lado, frieza polar do outro.

O mais engraçado é que, quando alguém diz “estou apaixonado por você, infelizmente”, a palavra “infelizmente” vira a cereja amarga do bolo. Não é amor, é quase um boletim de ocorrência emocional. E a resposta “situação complicada, recomendo isso pra ninguém” parece mais aviso de bula: “atenção, pode causar palpitações, lágrimas e vontade de ouvir música sofrência em volume máximo”.

Conclusão: o amor até pode ser lindo, mas em algumas conversas de WhatsApp, ele parece mais uma figurinha rara — que ninguém tá disposto a trocar.

Zerou o God of War, mas não zerou a problematização

Zerou o God of War, mas não zerou a problematização

A internet é realmente um lugar mágico: alguém fala que zerou um jogo e imediatamente surge um PhD em problematização digital pra transformar o simples ato de apertar botão em tese de doutorado. O sujeito mal termina de derrotar o último chefão e já tem gente analisando se o machado do Kratos representa a masculinidade tóxica ou se a barba dele deveria ter mais diversidade capilar. É como se não bastasse zerar o jogo, agora também precisa zerar as pautas sociais, os debates filosóficos e, quem sabe, até o dicionário de sinônimos.

E a melhor parte é que nunca falta quem cobre inclusão até em mitologia nórdica. Como se Odin fosse abrir uma assembleia no Valhalla e dizer: “gente, precisamos de representatividade na próxima saga”. A internet não perdoa: até no meio do apocalipse mitológico, alguém ainda vai reclamar que Thor não usou pronomes neutros.

No fim, a lição é clara: não importa o jogo, sempre vai ter um “boss final” que se chama comentário alheio.

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