Pedi 100 conto e ganhei um TED Talk sobre finanças emocionais

Pedi 100 conto e ganhei um TED Talk sobre finanças emocionais

No Brasil, o pedido de empréstimo vem sempre com um combo: saudade repentina, promessa de pagamento com juros e a clássica frase “é só até o mês que vem, juro por tudo que é mais sagrado”. O problema é que, no fim das contas, o que é sagrado mesmo é o seu nome no Serasa se você cair nessa.

A lógica do devedor brasileiro é simples: se colar, colou. E se você questiona demais, você que é o errado. Porque pedir 100 reais dizendo que vai pagar juros virou a nova forma de demonstrar afeto. “Quem ama, empresta” — já dizia ninguém sensato.

Mas a parte mais filosófica do rolê é quando o devedor entra no modo passivo-agressivo. Não bastava pedir dinheiro, agora ainda exige que a negativa venha com massagem emocional. Se você ousar usar argumentos racionais, imediatamente vira o vilão do rolê: “Se não quer emprestar, é só falar” — e pronto, você foi promovido de amigo pra agiota frio e calculista em questão de segundos.

É por isso que no Brasil, o PIX é instantâneo… mas o retorno, eterno mistério.

O único trio que fiz foi: eu, a ilusão e o print

O único trio que fiz foi: eu, a ilusão e o print

O brasileiro não tem um minuto de paz, nem no amor. A pessoa mal termina de digitar “vamos fazer um trio?” e o coração já dispara. É o tipo de frase que deixa qualquer romântico no modo filme da Disney: imaginando jantar à luz de velas, aliança no bolso e trilha sonora da Sandy & Junior tocando ao fundo. A resposta vem: “Vamos, amorrr” — pronto, o coração disparou, a alma já foi buscar a certidão de casamento e um pix pro fotógrafo.

Mas aí… a rasteira da vida. A continuação da mensagem chega como tapa de chinelo Havaianas: “Vai chamar aquele teu amigo da academia?” Com emoji de risadinha ainda, pra mostrar que o golpe é com finesse. E o brasileiro romântico — coitado — que achava que o trio era ele, a pessoa amada e a conta conjunta no banco, agora percebe que está prestes a ser substituído por um tanquinho de abdominal e bíceps que se apresentam sozinhos.

A única coisa que resta é tentar salvar a dignidade, com uma última cartada poética. Mas aí é que mora a tragédia: a poesia vira meme. “Eu, você e toda a vida” — frase digna de tatuagem na costela — agora serve só pra virar punchline de sofrimento. E é nesse momento que o brasileiro não chora com lágrimas… chora com memes, stickers de gatinho triste e aquela música da Marília Mendonça tocando baixinho no fundo.

Gostou mais, levou menos: o ego venceu o amor

Gostou mais, levou menos: o ego venceu o amor

A vida amorosa do brasileiro é tão intensa que, se colocasse no currículo, virava experiência profissional. E nada dói mais do que levar um fora com vocabulário impecável e pontuação correta — parece que a pessoa estudou redação do ENEM só pra te dispensar com eloquência. A autoestima vai embora e quem sobra é você, abraçado no travesseiro e no orgulho ferido, tentando entender como é que alguém pode escrever uma dissertação inteira só pra dizer “me esquece” com classe.

Enquanto uns aumentam o ego, outros aumentam o volume da sofrência no fone. E assim segue o ciclo eterno de quem ama demais num país onde até os términos viram trending topic.

Lindíssima, debochadíssima e agora: nos Melhores Amigos dele

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A internet virou o verdadeiro UFC emocional: uma simples selfie pode causar mais discórdia que final de reality show. E o melhor de tudo? A culpa nunca é do boy que curte, comenta ou segue — a culpa é sempre da ring girl do story. A lógica é clara: se ele viu, você é a errada. Se ele respondeu, você é a culpada. Se ele terminou, parabéns… você é o novo demônio da relação alheia.

Mas o Brasil não decepciona: pra cada indireta mal dada, existe uma resposta afiada pronta pra viralizar. E se tem uma coisa que brasileiro domina é o esporte olímpico de responder shade com elegância e deboche. Medalha de ouro no revezamento da autoestima.

Manual do estudante sofrido: Quando até o gênio te humilha do além!

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Estudar é tipo aquele rolê que começa animado e termina com você olhando pro teto, se perguntando se Isaac Newton também chorava tentando entender ele mesmo. Os caras lá em 1700 criavam leis do universo com pena de ganso e luz de vela, enquanto você tá aqui com Wi-Fi de 300 mega e um Red Bull na mão, apanhando de uma equação do segundo grau.

A real é que o maior mistério da humanidade não é a gravidade, é como que alguém descobriu ela antes de existir Google. E o pior: eles descobriram, e a gente tá aqui com três abas abertas, um tutorial no YouTube, e ainda assim não tá fazendo sentido nenhum.

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