Sabe aquele amigo que parece ter um caso de amor com a palavra “complicado”? É o rei de contar histórias que começam com “É complicado”, seguido de um suspiro dramático e um mergulho profundo nos detalhes mais intricados da situação.
Aí está você, ouvindo pela milionésima vez o mesmo enredo. Ele começa: “Cara, é complicado…” e você já sabe que está prestes a embarcar numa jornada narrativa cheia de idas e voltas, reviravoltas e um desfecho que talvez nunca chegue.
Você tentou ajudar, deu conselhos, sugeriu soluções mais simples que o manual de instruções de um brinquedo de montar. Mas não adianta. Seu amigo é fiel à sua saga épica de complicações.
Às vezes, você sente vontade de interromper e sugerir: “E se fosse fácil, hein? Será que você ainda contaria essa história?” Mas não adianta, é como se ele precisasse daquela dose diária de drama.
Então, lá está você, ouvindo novamente, com uma xícara de chá e a expressão de quem assiste a um filme que já viu vinte vezes. Mas sabe de uma coisa? No fim das contas, é isso que faz a amizade ser tão especial – até mesmo os momentos “complicados” têm seu charme peculiar.
Pelo tamanho das legendas a cada post, se trata de um caso de projeção. Ainda mais considerando a interpretação da imagem, na qual quem diz “complicado” é o ouvinte.