Sabe aquele rapaz que quer impressionar a moça com uma elegância de dar inveja até ao James Bond? É tipo assistir a um desfile de moda, mas em forma de papo. Ele chega lá, todo aprumado, com as palavras ensaiadas e um charme que faz até o vento parar pra prestar atenção.
O cara tá lá, ajeitando o cabelo, ensaiando um sorriso discreto e soltando um “Boa tarde, prezada dama!” que faria até a Rainha da Inglaterra se curvar. Ele é o rei da etiqueta, o mestre da gentileza, o poeta do cavalheirismo.
Ele não apenas fala, ele declama. Cada palavra é um poema, uma ode à educação e à finesse. “Permita-me honrar sua presença com uma conversa amena”, ele diz, como se tivesse acabado de sair de um livro de bons modos do século XIX.
Tudo nele é requinte. Ele elogia com uma sutileza que faz a moça se sentir a própria realeza. “Que belo vestido, cuja cor resplandece como os raios do sol em uma manhã de primavera!”, solta ele, com uma expressão que faz até o Sol se sentir ofuscado.
E é claro que os gestos não ficam de fora desse espetáculo de elegância. Ele puxa a cadeira com uma graciosidade de dançarino, segura a xícara de chá como se fosse uma joia rara e até os talheres obedecem a um protocolo quase real.
O papo segue, recheado de referências culturais, um vocabulário digno de um dicionário ambulante e um jeito que faria até o príncipe de Gales invejar. Ele é o próprio gentleman, o dom Juan das boas maneiras, um verdadeiro mestre na arte de impressionar com a elegância!