Ah, tem sempre aquele amigo que parece achar que você tem uma impressora de dinheiro em casa, né? O sujeito chega com aquela carinha de cachorro sem dono, te olha nos olhos e solta a pérola: “Ei, camarada, confia em mim, preciso financiar uma moto, mas meu nome tá meio na berlinda. Que tal financiar no seu? Eu pago tudo direitinho, prometo!”
Você, na sua generosidade e talvez falta de juízo momentâneo, concorda, porque, afinal, confiança é tudo, não é mesmo? Mas lá no fundo, você já sente aquele friozinho na barriga, tipo quando está prestes a entrar numa montanha-russa desconhecida.
O tempo passa, e o amigo vai pagando as prestações, mas de repente, o que era uma negociação amigável começa a se tornar um enredo digno de novela mexicana. Você fica lá, esperando os depósitos como quem espera um e-mail importante, só que os depósitos não chegam, e a ansiedade vai crescendo.
Então, em um belo dia, você recebe uma mensagem do tipo: “Amigão, esse mês tá meio complicado, mas prometo que até o próximo você recebe, tá?” E você, na sua paciência quase monástica, pensa: “Até o próximo mês? Poxa, ele está economizando para um presente surpresa, só pode!”
E assim, entre promessas, atrasos e mensagens evasivas, você se torna involuntariamente o mecenas da moto alheia. Porque financiar uma moto no nome do amigo é fácil; difícil mesmo é receber os pagamentos prometidos. Mas não tem problema, afinal, a vida é uma comédia, e você está ali, no papel de protagonista involuntário dessa história hilária e financeiramente arriscada. Quem precisa de piada pronta quando se tem amigos em busca de financiamento com um toque brasileiríssimo de improviso?