Se tem uma coisa que brasileiro entende bem, é a arte da negociação. Mas dentro desse talento natural, existe um detalhe essencial que precisa ser respeitado: promessa de gorjeta não é gorjeta! Se fosse pra viver de promessa, vendedor de pastel já estaria rico, e motorista de aplicativo estaria de férias nas Maldivas.
Nada contra a confiança no próximo, mas a memória seletiva de alguns passageiros é mais eficiente que backup em nuvem. Primeiro, pedem um “favorzinho”, aquele extra que não está no contrato, com a promessa de uma recompensa. Depois, quando o serviço é entregue, a gratidão evapora mais rápido que pinga em festa junina.
E vamos combinar, se a pessoa já deu calote emocional uma vez, qual a garantia de que não vai repetir? Afinal, a dívida da gorjeta não prescreve, mas o ressentimento do motorista sim… até a próxima corrida.