Acredite , poderia ser pior

Acredite , poderia ser pior

Lá estava eu, no meu lamento pós-término, convivendo com a tristeza que fazia um carnaval na minha alma. Mal haviam se passado duas semanas desde que o coração partiu em pedacinhos e decidiu fazer um rodízio de sofrimento em minha mente. Eu estava na fase do “olhar o teto e repensar cada momento”, enquanto minha ex, do outro lado do espelho virtual, celebrava com pompas e circunstâncias o primeiro mês de namoro com o novo crush.

Enquanto eu tentava decifrar as mensagens criptografadas nas músicas tristes, ela postava selfies sorridentes com legendas do tipo “um mês de pura felicidade” e emojis de corações saltitantes. Parecia um desfile de comemoração, uma festa junina de alegria, enquanto aqui eu estava, no meio do inverno emocional, colecionando lenços usados e tentando decifrar a complexa equação da melancolia.

Ela, radiante como uma estrela no céu, enquanto eu me sentia como um meteoro que caiu sem aviso. Eu não sabia se era para rir ou chorar da ironia cósmica da situação. Afinal, duas semanas para um e um mês para o outro, era como se vivêssemos em dimensões temporais diferentes!

Enquanto tentava lidar com o luto amoroso, ela parecia estar escalando o Monte Everest da felicidade. Mas sabe o que dizem, cada um com suas batalhas: ela comemorando com champanhe, eu aqui, segurando uma xícara de chá quente para aquecer o coração congelado. Ao menos, tinha a vantagem de economizar na conta de água com a queda constante de lágrimas, não é mesmo? Ah, a vida, essa comediante irônica.

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